quarta-feira, 29 de janeiro de 2014

Preto no Branco


No branco luz opaca, sadia, brilhante. Pode ser aquela pele clara como neve, pode ser como folha de papel, uma pena, uma toalha de mesa sem bordado, ou uma parede pintada. Pode ser uma lista vaga, um avental, uma flor, uma foto, um sapato. Pode ser você, pode ser eu, pode ser Deus, pode ser fé, pode ser a ultima coisa, ou um chamado de outra vida. Uma estrela talvez? Um pouco de pó de giz? Uma áurea ou um anjo com asas. Possivelmente divino, possivelmente a paz absoluta representada. Então mistura-se no preto, que pode dar um cinza claro e escuro, uma foto contrastada, um rabisco definido. Representar o equilíbrio? Talvez... Simplesmente uma maquiagem com olhos de gato, algo para dar volume? Talvez seja um livro de histórias de terror... Pouco absurdo ou meramente comum. Pode ser a tecla de um piano emitindo notas musicais em ondas sonoras que chegam aos ouvidos pertinentes e apreciadores. Pode ser uma tomada, ou um som estéreo. E se for de pesar ou de dor? E se for alegria? Uma claquete de filme? O que seria o seu preto no branco? O que define o preto no branco. O que seus olhos vêem, o sentimento que a cor te traz, ou o que você imagina ou crê?      

domingo, 5 de janeiro de 2014

Introdução...

Já era mais do que tempo. Sabes o que é olhar para o que produziu e já não sentir mais o entusiasmo que te fazia levantar todos os dias e escrever belas letras? Parar na frente de uma folha de papel sem saber o que colocar ali? Perguntar-se se ainda há o que expressar, pois sim sempre há algo pra dizer. Somente era preciso encontrar uma nova forma de falar, uma nova língua, uma renovação de pensamento. Nisso tudo aquietou-se e a aglomeração de dúvidas se fez pó, dando lado a algo novo, dando lado a uma nova história, dando lado a uma nova forma do ser. O importante se mostrou no tesão do fazer acontecer, no tesão de não ter rumo, de não fazer sentido, de sair totalmente do enredo, como se o mocinho de uma história virasse um monstro comedor de jujuba, como se o vilão virasse uma transex vegetariana, como se o mar fosse feito de nuvens de algodão enquanto esperássemos gotas molhadas que refrescassem o corpo. E o amor volta a tomar conta e assim as palavras começam a se soltar novamente, como uma tempestade criativa e abundante, mas agora sabemos o que fazer com ela, sabemos onde pisar, sabemos o que colocar porque não há nem nunca houve uma identidade. Só existem as letras compostas em momentos diferentes, de formas diferentes onde, a maneira de conduzir suas linhas é responsabilidade do criador. Então sente-se, olhando bem o que está lendo, se deleitando com o que pode gostar, ou não. A idéia é escrever de si para si, onde o gosto dos demais fica numa segunda ou terceira hipótese. Mesmo assim, seja bem vindo ao que eu chamo de Uma página pra mim...